Praia

Os seus lábios, ali tão perto, tão apeteciveis para serem beijados...
Ferrei o labio e inspirei fundo, para conseguir desviar a minha cara da sua.

- Desculpa. - Afastei-me um pouco e cocei a nuca.

- Não tens de pedir desculpa. - Disse enquanto apanhava o cabelo e o colocava só de um lado.

- Vamos lá... - Ajeitei o gorro.

- Sim, vamos. - Disse começando a caminhar a seu lado.

*Fomos até ao carro.*

Encerrado

Segui com ele para o seu carro, não tendo bem a certeza se deveria ou não realmente ir com ele.

Encerrado

- Não eras nada! - sorri.

- Era sim. - Corei de novo coçando a nuca.

Eu fui dar uma volta pela praia, nem as estrelas da noite pareciam querer parar quietas quando eu olhei apra o céu e isso me fez cair. A garrafa de wisky já ia quase no fim e eu pensava seriamente ir buscar uma... Mas onde? Tallve no mar os peixes também bebesem!
Ri-me ao imaginar um peixe bebedo. Será que eles continuavam a fazer gluglu?
- Peixinhos! - Comecei a gritar para o mar. - Façam gluglu. - Disse enquanto levantava a garrafa e bebia um pouco mais. - Vá lá, eu nunca vi um peixe bebedo, eu quero ver um peixe a fazer gluglu. - Atiri um pouco do liquido para a água. - Só uma vezinha, até já vos dei de beber.

*Cheguei à praia, um dos meus sítius favoritos. Vi o Zane a fazer figuras. Hesitei ainda a chorar mas acabar a aproximar-me dele.*

- Foste enfrascar-te?! - Limpei as lágrimas.

- Olha quem é ela. - Ri-me e dei um passo na sua direcção, mas acabei por parar, pois sabia que ia cair. - Peixinhos, apresentovos a minha ex-futura mulher.

- Pára de te envergonhar. Já viste as figuras que estás a fazer? - Ainda estava muito magoada com ele mas ao mesmo tempo não gostava de o ver a fazer aquelas coisas.

- Figuras? Que figurs, os peixinhos gostasm! - Ri-me e acabei por cair na areia de joelhos. - Figuras foi a daquele paspalho que se ia casar hoje, não viste? Ele a ser deixado? Que parvo! - Volteia emborcar mais um bocado. - Espera aí, foste tu que o deixaste e eu era ele. - O som do meu riso ecoou pela praia. - Não foi tão engraçado? Isso que foram umas figuras.

- Pára Zane! Não vires as coisas contra mim quando quem errou foste tu! - Recomecei a chorar soloçando pelo meio. - A culpa foi tua que fizeste porcaria e minha que fui ingénua.

- Tão a ver, nem bebedo consigo ouvir o que quero. - volteia rir-me. - Pois, eus ou sempre o culpado de tudo, mesmo quando não tenho culpa de anda.

- Como queres que acredite em ti? Não percebes que...? - Aproxime-me dele e passei a mãos no seu trnco. Tinha tantas saudades dele.

- Eu que tenho de perceber? Deixa-me rir. - Levantei-me e tremi um pouco dos joelhhos, fazendo-a afadstar-se de mim, embora o seu toque me fosse agradavél. - Depois de tudo o que fiz, só porque no inicio antes de namorar contigo comi uma gaja já sou traidor. Tá bem, tá.

- És porque traiste a minha confiança e foste com outra quando me dizias que me amavas e sabias que eu te amava. - Mantive-me longe dele. Ele afastar-me era ainda mais doloroso. Ele parecia tão magoado...

- Mas fingias que amavas. Mentiste-me. Fizeste-me acreditar numa ilusão. Quem ama não faz isso. - Voltei a limpar as lágrimas mas em vão. Olhei para a água ainda destroçada e mergulhei. Acabei por me deixar a boiar de olhos fechados. Estava atentra descontrair-me.

- não, não, não.
Eu podia ser muito estúpido a ir naquele estado para a água, mas fiquei assustado quando a vi boiar.
- Não vais te afogar só porque aconteceu isso no passsado. - Puxei por ela. - Vá lá, não vais fazer companhia aos peixes!

- Não ia fazer nada de mal. - Pus-me de pé. - Só queria descontraiar, Zane. Achavas mesmo que me ia matar?

- Sei lá, tu és meia dramatica. - Continuei a segura-la, memso bebedo, sabia que não poderia perder uma oportunidade de lhe tocar, embora não quisesse voltar a sair magoado.

- Não aguento... - Larguei-o e sai dali coma roupa colada ao corpo e transparente.





Encerrado